Esta semana tive uma DAQUELAS neuras lá no escritório...
A "menina do costume", que ultimamente tem respondido com o nariz demasiado empinado para o meu gosto, passa a vida a queixar-se (ou porque o programa não abre, ou porque o computador não faz, ou porque não consegue, ou porque tem espinhas...enfim...).
Na quarta-feira logo pela manhã, quando chegámos ao escritório, o patrão tinha comprado um mouse para substituir o dela (que tinha avariado há umas semanas e estava a usar um de recurso).
A menina abre a caixa, liga o rato, e por aí fora. Eu não estava a reparar, pois estava a ligar o meu computador e programas e tudo e tudo.
Até que a oiço queixar-se:
- Isto não está a reconhecer o rato!
Eu olhei e estavam os dois ratos ligados em simultâneo (o novo e o antigo) e disse-lhe:
- Então, tens os dois ratos ligados!
- Mas isto não está a reconheceeeeer! (com enfado)
- Mas oh T., se tens os dois ratos ligados ao mesmo tempo, só vai reconhecer o que já estava ligado!!!
- Opá já te disse que não está a reconheceeeer! (com ainda mais enfado e arrogância)
Presumi, pela arrogância, que a menina já devia ter tentado ligar apenas o novo e disse-lhe, já irritada:
- Okaaaaay! escusas de me falar assim!!
Ela ia retorquir e eu levantei a mão como quem diz "Chega, não te quero ouvir!"
Ora aquilo ficou-me a borbulhar...eu fiquei EM BRASA com toda aquela arrogância que já não é a primeira nem segunda vez que ela dispara quando se queixa de alguma coisa e eu começo a tentar ajudá-la com os (supostos) problemas.
Eu não sou daquelas pessoas extremamente calmas mas também não sou nada impulsiva...só que aquilo mexeu-me mesmo com os nervos, principalmente vindo da pessoa de quem vinha (que não tem grandes capacidades a nível profissional, passa a vida a não conseguir fazer as coisas e depois responde desta forma).
Ora, passado uns 5 minutinhos, fui ver se a sala de reuniões estava livre, regressei e disse-lhe:
- Estás ocupada?
- Não.
- Então chega aqui à sala de reuniões, se não te importas, porque eu quero dar-te uma palavrinha...
Entrámos na sala e eu tremia de irritação!!! Ela notou logo. Resumindo: disse-lhe que não tinha gostado nada da atitude dela, que ela não tinha nada que me ter falado assim. Perguntei-lhe se estava com algum problema relativo a mim, ao que ela disse que não e que ela era assim bruta a falar e que se calhar teria de ter mais cuidado na maneira como me falava. Eu concordei que sim, porque se era bruta para os outros era lá com ela e com eles, mas para mim não era assim. Disse-lhe que eu olhei e vi os dois ratos ligados e se ela já tinha tentado apenas com um e não tinha dado, era apenas isso que tinha de me dizer e não ter-me falado da maneira que falou!
Disse-lhe que não lhe admitia a ela nem a ninguém que me falasse da forma arrogante com que ela se me dirigiu, muito menos quando eu estava a tentar ajudar.
Rodei, de facto, a baiana, mas ela percebeu (por agora). À tarde disse-me que se tinha assustado por me ver tão nervosa, que nunca me tinha visto assim, pediu desculpa e eu repeti, muito mais calma, que não lhe admitia aqueles modos. Admiti também um certo exagero na minha reacção, mas que ficássemos bem esclarecidas acerca deste tipo de situações que eu não iria tolerar.
E pronto...pu-la no seu lugar!
luv,
jo