Querido Sushi,
Regressei do fim-de-semana no Guadiana. Balanço? Positivo!
Arranjei uma "carona" de uns amigos que só iam 6ª feira depois do trabalho...Saímos de Lisboa por voltas das 19h30 tendo feito o primeiro desvio na área de serviço de Alcochete, para jantar, pois à hora a que íamos chegar já o pito tinha sido aviado! Encontrámos por mero acaso algum do nosso pessoal, que pensávamos estar só a 20 minutos dos cabeça de pelotão (e esses estavam a 10Km de Mértola). Conheci o meu companheiro de remada, um piloto da TAP bem jeitoso, por sinal...(não era lá muito pequenino, mas pelo que me pareceu tinha muito tino...ou pelo menos não se deitava tarde) ;)
Lá seguimos, A12, A2, paragem na área de serviço de Alcácer do Sal, Castro Verde, Mértola, 23 e qualquer coisa...já a festa estava quentinha e não era só do clima local...
Ora toca de beber qualquer coisita que a sede apertava, dançar um bocadito, seguir para os bares e fazer a festa até às tantas...tantas que eu não sei precisar...só posso dizer que foi a PDL =P (muita música, copos, amnésia, amigos, conhecidos, desconhecidos, portugueses, muitos espanhóis, alentejanos ;), etc., etc.)
Sábado pela manhã (8h e qualquer coisa) não sei bem por que ordem: correr a apanhar um kayak (os mais lentos ou distraídos ficaram com as canoas), acordar, comer, vestir o nosso papel de piratas e largar rio fora.
Piratas de água doce!
Paragem para trincar um pedacinho de pitinho assado e chouriço e continuar, agora já a favor da corrente (a corrente quando quer até é amiga). Muitas horas depois, chegámos ao Pomarão, um lugarejo simpático na fronteira com Espanha onde montámos as tendinhas para passar a noite (ainda não falei nisso, mas a minha nova tenda 2 segundos é um espectáculo e desmonta-se em 1 minuto). Tarde ligeira, não comi a feijoada que me esperava para almoço (lanche diria eu), apenas uma fatia de melancia me bastou para cair de podre em pleno café...(arrastei-me depois para continuar a sesta debaixo de uma árvore entre duas tendas de nuestros hermanos - descobri ao final da tarde quando eles acordaram e se puseram à conversa de um lado para o outro...que chulo acordar com despertador em versão si cariño...)Jantar a bela da febra e costoleta grelhadas, mais música, fiesta fiesta e o povo caiu cedo desta vez, apesar de ainda ter dado tempo para nos mascararmos, desta feita de punks (gajos) e de qualquer coisa que não sei definir (gajas). Caí no saco-cama e desliguei do mundo (felizmente, porque ao que fiquei a saber havia grandes roncadores à volta da minha tenda, segundo o Tozé, grandes praticantes de snoring, essa variante do snorkling inventada em pleno Guadiana).
Manhã cedo, de novo a azáfama matinal, dores nos pulsos e no cotovelo direito à pala de 19 Km a remar rio abaixo no dia anterior...pronto...18km, porque também nos arrastámos uns metros agarrados a um barco de apoio. Muitos quilómetros (12) e algum sofrimento depois (a juntar às já referidas lesões, mais um cotovelo e o joelho esquerdo lixados com F grande), chegámos enfim a Alcoutim. Almoço de gaspacho, sardinha e carapau no castelo local e quase sesta estendidos na relva do castelo. A meio da tarde fizemo-nos ao caminho, porque Lisboa ainda ficava a umas horas de viagem, e não consegui boleia para depois.
Balanço? Positivo...Sim, acho que volto, se as articulações forem ao lugar!luv,
jo
P.S. - Reportagem fotográfica já disponível no menu! (já mencionei que perdi mais uma pérola?...)
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