sábado, 24 de maio de 2008

Re: Trapalhadas...


Querido Sushi,
Há ideias que facilmente se tornam demasiado looongas para estarem enjauladas numa pequena janela de comentários e esta é, pois, a minha resposta à mais recente História da Carochinha:




INTRODUÇÃO


Dado o contexto, poderia mesmo acrescentar a essas trapalhadas a parte de: lima as unhas, experimenta verniz, não, esta cor não me apetece hoje, tira verniz, nova tentativa (repetir quantas vezes se desejar...ou não se desejar), acertar enfim (sim, este tom já sou eu hoje!), pinta tudo (até os dedos, why not?) deixa secar...mas há sempre, seeeempre qualquer coisa que surge, no fim, para borrar a pintura (literalmente).

Primeira hipótese: Até nem está muito marcado e com o barulho das luzes nem se nota --> Siga!!

Segunda hipótese:Ok, os meus dedos caíram numa tina de ácido sulfúrico e estão a começar a derreter pelas unhas --> toca de tirar o verniz da unha outra vez...mas...uma sabedoria feminina que vou aqui revelar (além de toda a descrição que fiz atrás): um algodão cheio de dissolvente é um verdadeiro íman para as (poucas) unhas que se conseguiram safar...(remember that!)...Game over...play again...

(to be continued)...
DESENVOLVIMENTO

Talvez as nossas decisões sejam qualquer coisa de...fantásticas diria eu (ou pura e simplesmente parvas) ;) e também fantasticamente esquecidas ou deturpadas (são as chamadas "decisões do dia", como o leite...ou se bebe em pouco tempo ou passou da validade). Mas são as melhores que conseguimos em cada momento e na verdade são as que nos dão mais gostinho aos dias (e noites?).
Definitivamente, acho que temos, de longe, capacidade para pôr em prática as lógicas em relação aos "machos"...o problema, muitas vezes, é que no fundo, no fundo nem sempre queremos...porque há coisas muito giras completamente ilógicas...e o ser humano tem uma bestial capacidade de se lembrar muito mais facilmente delas...
O giro em nós, mulheres, é que, estatisticamente, vivemos mais tempo do que eles, também porque choramos mais, libertamos mais a ansiedade (muitas vezes fruto de geração espontânea e exclusivamente feminina, confesso...), partilhamos mais (a tal música em euforia seguida de um muro das lamentações versão pop-rock) e verdade seja dita somos bem mais "rijas" do que "eles"!
Enfim, guerra dos sexos à parte...os olhos negros do rímel, os pés doridos, o ar embriagado (sim, só ar), os táxis apanhados e/ou abandonados, a soleira de uma porta mesmo ali à mão (ou ao rabo), o telemóvel perigosamente madrugador ou vadio (mais vadio do que madrugador) e assistentes de operadoras móveis simpaticamente disponíveis ficam como memórias de noites bem passadas e fazem-nos ainda relativizar a importância das coisas e das decisões que temos ou não de tomar. O Red Devil talvez seja milagroso...mas se bem me lembro e "estudos" comprovaram-no...nos homens não tem o mesmo efeito de "we-are-all-mighty"...isso vem bem mais de dentro!
(se calhar somos nós o devil...o líquido poderá eventualmente ser só o red)


Digno de uma série?...espero sempre que sim...tem muito mais sabor...não há dúvida!
CONCLUSÃO (feminina, claro!) ;)

Tal como com o verniz (e como os meus dedos agora), as decisões que tomamos (ou que nem sempre tomamos) e as parvoíces que fazemos podem resultar em grandes borradas e apagá-las com acetona pode não ser a melhor (ou nem sequer ser UMA) opção (às vezes mais vale deixar como está...primeira hipótese, acima referida ---> siga!)...mas o que é preciso é darmos mais cor à vida e mostrarmos as garras, porque é assim que "eles" gostam de nós mas acima de tudo porque é assim que nós somos e gostamos de nós!!!


luv,
jo